NOTA SOBRE MIM: NÃO ME COBRAR TANTO


Há muito tempo eu venho tentando parar de me cobrar tanto em relação as coisas e a mim mesma e isso sempre foi uma luta tenebrosa e persistente, mas que aos poucos estou vencendo-a. Em 2017, prometi a mim mesma que faria diferente, estou fazendo diferente, e levando muito a sério a meta de cobrar menos de mim, do mundo e das pessoas. Não é fácil quando se tem uma personalidade forte e gosta de atenção e perfeição, mas é muito mais tranquilo quando olhamos e enxergamos onde está o problema. A partir disso, dessa auto avaliação, comecei a entender mais meus pontos, meus pensamentos e sentimentos, então tudo ficou mais claro e límpido. 

A vida fica muito mais leve quando a gente deixa essas cobranças de lado. Mas cobrança que estamos falando, é diferente daquela que nós impomos de forma saudável, como uma meta, um desejo e nos cobramos disso. Eu aceitei algumas coisas...

1. Eu não posso carregar o peso do mundo em minhas costas. Eu sou um ser humano e não um deus. Por vezes, demasiadamente, eu me pegava pensando e chorando pelos problemas do mundo, percebi que posso ajudar, mas que não preciso carregar o fardo de tudo de ruim que acontece. 
Aceitar não quer dizer não enxergar mais o problema. Aceitar também faz parte de evoluir em alguns sentidos. Eu parei de me cobrar tanto em relação ao mundo e as coisas melhoraram. A vida está mais tranquila, os problemas se tornaram apenas problemas, porque graças a Darth Vader, eu posso ter o privilégio de caracterizá-los assim.

2. Eu não sou perfeita, eu também erro. E as pessoas também. Eu sempre tive o olhar de empatia sobre as pessoas, sempre dei segundas e terceiras chances, mas sempre me frustrava. O negócio estava em mim, eu achava que tudo tinha que ser bom, bonito, cheio de flores, mas nós não somos assim. Somos feitos de nossas escolhas, de nossa bagagem de vida e emocional. Às vezes simplesmente não dá e tudo bem. 
A sociedade impõe mesmo esse conceito de perfeição e quando a gente enxerga além, percebemos que não precisamos de tudo isso. Que o simples está bom e a beleza está ali.

3. Eu sou boa o suficiente. Eu acho que desde que nasci, nunca me senti boa o bastante para o mundo, para as pessoas, para os meus pais, para mim mesma. Mas em venho percebendo que sim, eu sou boa o suficiente, o suficiente para me amar, me gostar e sentir que sou isso para as pessoas que eu me importo.

Não é fácil enxergar a si mesmo, mas é muito bom quando isso acontece. Portanto, não cobre tanto, não coloque tanto peso em cima de seus ombros, se deixe levar mais na intuição, na emoção, deixa aquele parte da sua mente que te indicia a se auto sabotar e aprenda a se amar, se acolher, se pertencer. 

Anelise Besson

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